Base Bíblica: II Cor 5.17

O MILAGRE DO NOVO NASCIMENTO
Regeneração. [Do gr. palinginesia; do lat. regenerationis] que significa o ato de nascer de novo, milagre que se realiza na vida daquele que confessa o Senhor Jesus como único e suficiente salvador. Através desse ato, o homem passa a desfrutar da “natureza divina” (II Pe 1.4).
Conversão. [Do hb. sub, voltar atrás; lat. conversionem, transformação]. É a mudança operada pelo Espírito Santo no coração de uma pessoa que, levada à fé salvadora em Cristo Jesus, abandona o pecado e passa a viver uma nova vida voltada para Deus e para o próximo (I Jo 3.9; 4.7; 5.1,4,18).
Nascer da água. É o mesmo que nascer da “Palavra”: Jesus é o Verbo de Deus, ou seja, a Palavra encarnada (Jo 1.14). Sobre este aspecto Paulo escreveu: “Para santificá-la, purificando-a com a lavagem da água, pela Palavra...” (Ef 5.26; Jo 7.37-39). Jesus é a água que produz vida naqueles que são purificados por Ele, ou seja, naqueles que crêem. “...Ele nos salvou mediante a lavagem da regeneração e da renovação pelo Espírito Santo” (Tt 3.5). Esta afirmação do Apóstolo Paulo revela que Deus lava e renova o homem por meio da Palavra e do seu Espírito, reafirmando o que foi dito por Ezequiel: “Eu espargirei água pura sobre vós...” (Ez 36.25).
Nascer do Espírito. É o mesmo que nascer de Deus, visto que, Deus é Espírito (Jo 3.6) e aqueles que d'Ele são nascidos recebem um novo espírito e um novo coração (Rm 8.4-16; I Cor 6.17 cf. Ez 36.26,27)
Nova Criatura. Expressão usada para designar aquele que confessa Jesus como único Salvador (I Cor 5.17). O apóstolo Paulo usou a expressão “novo homem” para descrever o pecador arrependido que após “nascer de novo”, passara a desfrutar uma nova vida em Cristo (Ef 4.22,24; Cl 3.9).
Não é uma reforma moral. Não se trata de um aperfeiçoamento moral, tão pouco, uma reforma religiosa. Não implica em seguir meramente os preceitos religiosos ou participar dos trabalhos realizados pela igreja.
EXERCENDO COM ALEGRIA, A MORDOMIA CRISTÃ
O que significa mordomia cristã? [Do gr. oikodomia] Utilização digna e responsável dos recursos que o Senhor colocou à disposição do crente. Entre estes recursos, acham-se o nosso tempo, talentos naturais e espirituais, pregação do Evangelho e a vida pessoal.
Quem é o mordomo? [Do lat. majordomus; do gr. oikonomos]. É o “servo principal”, ou seja, o administrador que organiza e coordena a casa do seu senhor e tudo o que nela há. Exemplos: Eliezer (Gn 24.2) e José (Gn 39.4-6).
FUNDAMENTO BÍBLICO DA MORDOMIA CRISTÃ
A idéia bíblica que conceitua a mordomia cristã consiste primeiramente em reconhecer a soberania de Deus e que Ele é dono de tudo e de todos. Ele governa e sustenta o universo (Gn 1.1; 14.22; l Cr 29.l3,l4; Sl 24.l). Domina o homem por direito de criação (Is 42.5), preservação (At l4.l5-l7; 17.22-28) e redenção (I Co 6.l9,20; Tt 2.l4; Ap 5.9). Segundo, a admissão da nossa condição de servos que administram com alegria, os recursos que Ele nos deu, agindo de acordo com a sua vontade. O Senhor nos concedeu o privilégio e responsabilidade de administrar. Os homens não são os donos, mas mordomos, isto é, mordomos do Senhor (Gn 1.28; 2.l5 e Sl 8.3-9).
ANALISANDO OS RECURSOS CONCEDIDOS
Administração do tempo. O tempo é mais do que segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses e anos. Os momentos que vivemos jamais se repetirão, por isso, devemos agir como bons administradores do tempo servindo ao Senhor e fazendo o bem a todos (Ef 5.15,16; Cl 4.5 cf. Gl 6.10).
Administração dos dons e talentos. Utilizar com sabedoria e qualidade, as habilidades que Deus nos concedeu para realizarmos a sua obra. Pregar o Evangelho, ministrar o louvor e a adoração, aconselhar e ensinar a Palavra, são alguns dos talentos disponíveis por Deus (Mt 25.14-30; I Pe 4.10).
Administração dos bens, dos direitos e deveres. Os bens materiais e o dinheiro, nunca devem ocupar em nossos corações o lugar de Deus (I Tm 6.7-11). Tudo o que temos foi concedido por Ele, e, como mordomos, devemos zelar e administrar com todo carinho e responsabilidade (Ex 19.5 cf. Gn 1.26-28; 2.19,20; Sl 8.6-8). Quanto aos direitos e deveres, a Bíblia nos recomenda exercer com dignidade a nossa cidadania, respeitando o bem comum e às autoridades constituídas (Rm 13.1,2,8,13; Tt 3.1,2). Devemos pagar os nossos débitos e impostos, afim de não sermos censurados por ninguém (Mt 22.17-21; Rm 13.6,7).
Administração de outros recursos: Mordomia do corpo, da influência, das oportunidades, das palavras, do pensamento, do dízimo e etc.