Quando
uma mulher se propõe a usar uma calça, qual seria a sua principal motivação? A
calça ainda é vista como um tabu em muitas igrejas evangélicas, sobretudo nas
pentecostais, e ainda divide opiniões causando muita discussão e polêmica. Antes
vista por alguns como reprovável e por outros como algo normal, o fato que nos
dias atuais se tornou um pretexto sutil e porque não dizer, virou uma brecha
para entrada da sensualidade nas igrejas. Quando nos vestimos para irmos à igreja,
se supõe que vamos a um ambiente santo, sagrado, que exige da gente o mínimo de
pudor, respeito, reverência e moderação. A Bíblia nos ensina que devemos
“guardar” os nossos pés ao entrarmos na casa de Deus (Ec 5.1), e atuar com
decência e ordem (1 Cor 14.40). Não há como negar que em si tratando de
distinção de roupas masculinas e femininas, a calça sempre representou o lado
masculino, já que os homens não dispõem de modelos variados de roupas, já a
mulher dispõe de uma infinidade de estilos e modelos de roupas, calçados e
penteados. Um exemplo simples dessa distinção são as plaquinhas colocadas nas
portas dos banheiros públicos com os seus desenhos indicando quem é quem
através da roupa. Não queremos aqui, definir o certo ou errado, mas propor uma
reflexão espiritual que está relacionada às nossas motivações e atitudes,
buscando em Cristo uma resposta. Sempre que discutimos o tema em apreço,
encontramos pelo menos três ações que são geradas no coração: Masculinidade,
sensualidade e comodidade.

No segundo caso, a sensualidade, é de longe, a
pior das ações, já que a motivação normalmente está firmada na vaidade, lascívia
e por vezes, na promiscuidade (Ef 4.17; 2 Pe 2.18 cf. Gl 5.19). No contexto em
discussão, dentre muitas definições, a sensualidade é a atração sexual que um
corpo exerce sobre outro ou certo “charme” característico de pessoa cujo modo
de agir, falar ou andar atrai a atenção, o interesse das outras pessoas. Neste
caso, isso ocorre pela ausência de temor e respeito às Escrituras Sagradas,
chamando mais à atenção pelos detalhes do corpo que pela luz de Cristo que nele
deveria refletir (Mt 5.14-16; Fl 2.15). Nosso corpo é templo e morada do
Espírito Santo (1 Cor 3.16; 6.19; 2 Cor 6.16-18), não podemos ver como algo
normal, adolescentes e mulheres (a maioria casadas) usando calças apertadas ou
roupas sensuais que expressam os detalhes dos seus corpos, com decotes que
expõem os seios e outras coisas semelhantes a essas, que mais promovem a
vulgaridade que a própria beleza feminina. A Palavra de Deus nos ensina que a
mulher de Deus deve se vestir modestamente, usando roupas decorosas e
dignas, com decência e discrição, nisso consiste a singela beleza que estar no
ser interior, que não perece e é demonstrado num espírito dócil e tranquilo, o
que é de grande valor para Deus. Não se adornando com penteados ostentosos,
exagerados, nem com adereços de ouro ou pérolas, nem roupas caras e luxuosas, mas
com boas obras (1 Tm 2.9,10; 1 Pe 3.2-4).

Pr. Elder Morais