Não é um, nem dois, são vários. Mas deve ser porque o culto é cansativo, a liturgia é fatigante, os louvores sonolentos e a pregação ou ensino exaustivos. Será que o problema está realmente no culto ou está naquele que apenas o assiste? O culto é a expressão máxima da nossa adoração e gratidão ao Senhor, sendo, portanto, um reflexo do que Ele representa para cada um de nós. Sem dúvidas, há uma grande diferença entre assistir um culto e cultuar. Então, por que muitos dormem em pleno culto? Seria o cansaço físico ou mental? Seria um mal costume? É justificável? É melhor dormir na igreja do que noutro lugar? Parece evidente que tal problemática não consiste na quantidade de PESSOAS (até mesmo OBREIROS) que DORMEM ou mesmo dão um "cochilinho" em pleno culto, mas na quantidade lamentável de pessoas que NÃO CULTUAM ao Senhor.
Como podemos estar na presença de Deus e ao invés de prestar-lhe um culto em adoração, permitimos que a irreverência obscureça os nossos olhos? Está mais do que claro que a negligência espiritual associada a "fadiga mental" pode trazer além de males físicos, prejuízos à nossa relação com Deus (1 Cor 11.30). O ativismo, avareza, apego às coisas materiais, além da má administração do tempo podem, sim, ser uma porta escancarada para a irreverência e desrespeito à presença do Senhor, pois ademais de deixar fria a nossa vida espiritual, nos impede de fazer a obra de Deus com alegria (Mt 6.33; Cl 3.1-3 cf. Sl 100.2).
É fato que às vezes, estamos realmente cansados devido ao trabalho, talvez fatigados por causa das preocupações, no entanto, devemos primar por "um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o nosso culto racional" (Rm 12.1). A maneira como prestamos ao Senhor o nosso culto, retrata, com certeza, como anda a nossa relação com Ele. Em Sua presença e em Sua casa, devemos nos comportar de forma digna, reverente e devocional, pois não estamos diante de um "qualquer", de um artista, de um político ou autoridade terrena, mas diante do Criador de todas as coisas, Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ec 5.1; 1 Tm 3.15; Hb 12.28).