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O tempo, o caráter e a aparência.

Curiosamente tenho observado a preocupação de muitas pessoas com a aparência, tentando fugir do tempo, das marcas, das cicatrizes e até do envelhecer. O tempo é realista, por vezes generoso, outras vezes nem tanto, mas o fato é que ele não volta, não recua, não recomeça, e muitos não entendem que o tempo expressa apenas o que vivemos e como vivemos. Ele não perde tempo com quem não tem tempo, também não escraviza, nem detém a ninguém, mas se torna refém de quem não sabe administrá-lo e não valoriza a importância que tem.
Se gordos ou magros, se altos ou baixos, não é a aparência que define a essência, não são as fotos que descrevem quem somos. Nem tudo é o que parece, pois a beleza é vã e a formosura é passageira, e enquanto para muitos a beleza está nos adornos, na “maquiagem” ou nas edições das fotos, a Bíblia nos diz que a beleza tem a ver com o caráter, com modéstia, com o domínio próprio (Pv 31.30; 1 Tm 2.9,10; 1 Pe 3.3,4).
Em meio a uma rotina ativista e “moderna”, não é difícil encontrar pessoas confusas que não discernem entre a vaidade e a autoestima, se pintam, se enfeitam, escondem marcas, rugas, reflexos, não admitem que o tempo está passando, se esquecendo que na eternidade, onde todos irão, a aparência não tem qualquer importância.
Por isso, viva o hoje, viva o agora, pois o que passou passou, e as marcas são adornos da experiência, as rugas os enfeites da maturidade. Seja você, siga firme; seja do tamanho da sua modéstia; seja belo quão bela é a vida e a simplicidade; seja simples e não escravo da “aparência” e da vaidade.
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